2019 – O ano-chave para as bombas de combustíveis do posto
O setor de combustíveis passa por uma mudança relevante neste ano que deverá reduzir sensivelmente as fraudes eletrônicas que adulteram o volume abastecido nos postos, a chamada fraude da “bomba baixa” e também a emissão dos gases emitidos durante o abastecimento de veículos.
Certificação Digital na Bomba de Combustível
Uma portaria do Inmetro (559/2016) estabelece que o dispositivo transdutor (pulser) da bomba medidora de combustíveis deverá ser fisicamente inviolável e sua manutenção não será permitida.
Esse transdutor é um dispositivo que transforma os sinais de informação gerados pelo medidor em um sinal de saída que representa a massa ou o volume de combustível a ser medido sob a forma de dados digitais.
Segundo o Inmetro, o transdutor deverá se comunicar com o dispositivo calculador (CPU) da bomba medidora de combustíveis através de um protocolo de comunicação, que enviará o volume abastecido assinado digitalmente por um chip seguro, com uma estrutura de criptografia cuja violação é impossível do ponto de vista técnico e computacional.
Todas as bombas novas deverão seguir esse novo padrão do Inmetro. Os postos terão um prazo que varia de 3 a 15 anos de acordo ao ano de fabricação de suas bombas atuais para trocar as bombas antigas por esses equipamentos mais modernos. Esse tipo de exigência vai ao encontro das políticas de diversos órgãos para o combate à sonegação e às fraudes no setor dos combustíveis.
Qual é o uso desse certificado nos postos de combustíveis?
As bombas de combustível operam de modo similar aos instrumentos usados para medir a passagem da corrente elétrica. Esses sistemas se forem burlados, causam um grande prejuízo fiscal. Com base no uso de tecnologias de hardware e software, o controle dos dados do equipamento será significativamente aprimorado.
Já é possível medir com bastante precisão quais serão os ganhos conquistados pela adoção do novo sistema. Ao ser acionada, a bomba terá a informação do volume de combustível abastecido criptografada. Isso significa que os dados serão encaminhados automaticamente para a CPU e para os displays no mostrador da bomba, descartando qualquer tentativa de adulteração dos valores.
Bombas precisarão de Sistema de Recuperação de Vapores
Os postos de combustíveis de todo o país têm novas obrigações com relação à saúde do frentista devido à possibilidade de exposição ao benzeno, substância presente na gasolina.
As novas regras estão na Portaria nº 1.109/2016, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que atualizam a NR-9, estabelecendo novos procedimentos para prevenção à saúde dos trabalhadores, e no novo regulamento técnico metrológico (RTM) do Inmetro (Portaria nº 559, de 15 de dezembro de 2016).
O que são Sistemas de Recuperação de Vapores
Sistemas de recuperação de vapores de combustível são tecnologias desenvolvidas para evitar que os vapores de combustível sejam despejados na atmosfera durante o abastecimento de veículos (Estágio 2) e quando da reposição dos estoques nos reservatórios dos postos (Estágio 1) e diminuindo também a exposição de frentistas e consumidores a esses gases.
O Estágio 1 é um sistema de recuperação de vapores que atua no processo de transferência do produto do caminhão-tanque para o reservatório subterrâneo do posto de abastecimento, coletando o vapor gerado internamente nesses reservatórios e devolvendo-o ao estado líquido para dentro do próprio reservatório ou ainda na forma gasosa, para o compartimento do caminhão-tanque, evitando assim que o vapor escape para atmosfera.
Atualmente o sistema de Recuperação de Vapores Estágio 1 não é obrigatório no Brasil, mas alguns Estados da Federação estudam a possibilidade de exigi-lo também.
O Estágio 2 é instalado nos tanques e nas bombas de abastecimento do posto e coleta os vapores emitidos durante o abastecimento de veículos, devolvendo-os e direcionando-os aos reservatórios do próprio posto.
A legislação prevê que as novas bombas de gasolina tenham o sistema de recuperação de vapores, que extrai os vapores de gasolina presentes no tanque do veículo e, sem este equipamento, são expelidos para o meio ambiente.
Gilbarco Veeder-Root está preparada
A Gilbarco Veeder-Root já possui a portaria de aprovação do sistema de recuperação de vapores pelo INMETRO e em breve nossas bombas estarão com a solução integrada e disponíveis para venda.
São inúmeras as vantagens dessa solução, mas gostaríamos de destacar alguns pontos favoráveis aos revendedores que optarem por comprar bombas agora, sem o sistema de recuperação de vapores:
- Investimento inferior ao de uma bomba com a solução integrada – Estimamos que as bombas com sistema de recuperação de vapor tenham um acréscimo considerável no preço
- As novas bombas exigirão adaptações na infra estrutura do posto – O que também exigirá mais investimento
- Ao comprar bombas sem o sistema de recuperação de vapores integrado, de acordo ao calendário de adequação, o prazo para troca será de 180 meses após a publicação da portaria, em 2016. Ou seja, bombas compradas agora só precisarão ser trocadas em 2031.
Verifique a data de fabricação da sua bomba de combustível atual e aproveite o melhor momento para realizar a troca.
Gostou das dicas? Quer saber mais sobre recuperação de vapores?